Consideradas patrimônio mundial pela UNESCO desde 1994, elas foram descobertas em 1927, quando o piloto Toribio Mejia Xespe as avistou ao sobrevoar a região. São mais de 13 mil traços que formam 800 figuras, algumas delas se estendem por mais de 65 quilômetros.
(FOTO: FLICKR/MR. MURALELLA)
Alguns desenhos poderiam ser feitos em apenas um dia, se houvesse um grupo grande de trabalhadores. Já os maiores, com mais de 200 metros de diâmetro, levavam um tempo bem maior. As Linhas de Nazca têm formas e tamanho variáveis: mais de 70 representam animais ou figuras humanas, enquanto centenas são linhas ou figuras geométricas.
O povo do Nazca decapitavam seres humanos como sacrifício aos deuses, eles faziam isso em rituais religiosos para pedir água e fertilidade, guardavam as cabeças mumificadas como troféus. Várias dessas cabeças já haviam sido encontradas pelos arqueólogos, mas há pouco tempo foi descoberto um corpo decapitado enterrado de forma cerimoniosa próximo aos desenhos.
Há quem acredite que as linhas tenham uma ligação com a astrologia. A arqueóloga Maria Reiche é uma delas. Ela sugere que algumas das figuras correspondam diretamente a constelações visíveis durante épocas específicas do ano. A figura do macaco, por exemplo, seria uma representação da Ursa Maior, e o golfinho e a aranha teriam relação com Orion.
Os arqueólogos Markus Reindel, do Instituto Alemão de Arqueologia, e Johnny Isla, do Instituto Andino de Pesquisa Arqueológica veem as linhas como locais de oferenda para os deuses. Cada figura significaria algo em específico, como fertilidade, saúde e fornecimento de água.